sexta-feira, 20 de abril de 2007

Insuportável Novo Mundo

O filme “O Novo Mundo” pretendia propor uma reflexão sobre a relação entre conquistador e conquistado, opressor e oprimido.

Pretendia.

Ao propor esta reflexão através da desmistificação holywoodiana do personagem Pocahontas, exaustivamente explorado pela corporação Disney, o filme mais atrapalha do que ajuda o resgate moral da personagem histórica e a reflexão dos eventos que ela protagonizou.

Ao tentar ser poético o filme ficou confuso. Ao tentar ser romântico descambou para o melodrama. E a beleza deu lugar ao vazio estéril.

A fotografia é grandiloquente mas despretensiosa. Parece que estamos assistindo a um comercial de resort turístico.

A montagem é péssima. Dá-nos a impressão de que o roteirista e o diretor estavam fazendo filmes diferentes.

O elenco, apesar de contar com atores renomados em momento nenhum faz juz à fama que seus nomes emprestam ao título.

Quem se salva com uma atuação pequena mas irretocável é a sempre marcante presença de Christopher Plummer que consegue dar um ar de grandeza histórica ao roteiro.

Colin Farrell parece um cachorrinho perdido do começo ao fim. Apenas confirma que não consegue sustentar um filme baseado apenas em seu carisma e atuação.

Christian Bale que só aparece no quarto final pelo menos não compromete seu currículo.

Enfim dá sono do começo ao fim.

Um filme chato que não vale o sal que você gasta na pipoca.