quinta-feira, 10 de maio de 2007


Aquele que caminha sozinho
Não está tão sozinho
Como aquele que sozinho
Faz seu próprio caminho.


quarta-feira, 9 de maio de 2007

Homem Cinderela

Você já viu o filme e conhece a história, um pugilista sem futuro tem a grande chance de sua vida e a aproveita como só um grande campeão é capaz de fazer. Rocky encarnou esta história com pequenas variações 6 vezes, com muito sucesso.

Mas este é o personagem com o qual a arte imita a vida de James J. Bradock, o homem cinderela, que em 1935 encarnou a esperança de uma nação combalida pela depressão e pela miséria de que poderia vencer a miséria pelo esforço e perseverança com honestidade e princípios.

O filme A Luta pela Esperança (Cinderella Man) de Ron Howard tem no elenco Russell Crowe e Renée Zellweger em atuações contidas mas convincentes na medida certa para contar a história quase mítica deste personagem. A fotografia e a cenografia conseguem recriar o ambiente pobre e sombrio dos anos mais duros da grande depressão americana. Mas é na direção das cenas de luta que o filme realmente alcança seus melhores momentos. É praticamente impossível não torcer durante as batalhas encenadas no ringue com uma beleza cênica que dificilmente se viu desde que Muhammad Ali deixou o boxe.

O Buldogue, como era chamado, era da cepa nobre de onde se extrai a matéria prima dos grandes heróis. Um homem simples, marido fiel e pai amoroso. Honesto e honrado.
O modelo que a nação americana definiu como exemplo do homem livre e civilizado.

Hoje tais homens não são reconhecidos por nossa sociedade.
Eles são encontrados às dúzias em qualquer cidade do mundo, mas os dramas sociais e desafios morais que exijam destes homens o que eles têm de melhor não proporcionam ibope, não são populares.

Ao contrário, a violência que maltrata, a degeneração social que corrompe, o mal que destrói, o ódio que envenena, a inveja que perturba, o egoísmo que corrói, são esses os temas que repercutem e excitam os sentidos.

Um pouco mais de inocência, de esperança, de sonhos. Coragem para vencer desafios e lutar pelo que realmente importa.

E todos viveríamos num mundo melhor.

terça-feira, 8 de maio de 2007

Quem precisa de uma empresa assim?


Bill Gates não desiste, quer ser o supremo imperador do mundo da tecnologia. Tentar absorver a Yahoo é mais uma tentativa de fazer frente aos concorrentes.

Quando a NetScape dominava a internet a Microsoft usou de todos os meios para que o Explorer subjugasse o concorrente.

Enfrentou processos de dumping na Europa por se negar a desenvolver uma ferramenta de desinstalação do seu browser alegando que o mesmo era essencial para o funcionamento do windows.

Perdeu essa batalha, mas conseguiu que o Explorer aparecesse em quase 90% do computadores conectados à internet.

Hoje sua liderança vem sendo progressivamente minada por concorrentes como o Firefox e outros menores.

No segmento de sites ela sempre levou um banho da concorrência. O seu MSN nunca foi líder, primeiro perdendo feio para a Yahoo! e agora para o Google.

O ditado diz "se você não pode vencer o inimigo, alie-se a ele" mas a cartilha capitalista agressiva da Microsoft adaptou-o para "se não pode vencê-lo, compre-o".

Para continuar sendo a maior vale tudo, ou quase tudo. Várias iniciativas interessantes que nasceram nos laboratórios ou quartos de adolescentes tiveram destino ingrato. Foram absorvidas e eventualmente sufocadas pelo interesse monopolista da Microsoft. Poucas tiveram fôlego para ganhar corpo e conquistar mercado por suas qualidades técnicas.

O hotmail foi um dos primeiros grandes provedores e e-mail gratuito da internet. Era bom até que a Microsoft comprou-o.

Nos resta continuar torcendo para que exista quem faça valer o outro célebre ditado, "quem não é o maior, tem que ser o melhor", senão daqui a pouco vamos ficar sem opções.

O Google tem conseguido manter essa chama acesa, mesmo sendo o maior em alguns segmentos. E esse é o único modelo de grande corporação que o mercado parece disposto a aceitar.