quinta-feira, 12 de março de 2009

Vitória da coerência


Quinta feira, 12 de março de 2009. 21h45

O presidente do Superior Tribunal Eleitoral anuncia que, por unanimidade, os ministros decidem manter o mandato do deputado Clodovil Ernani.
A ação, impetrada pelo seu antigo partido, exigia a devolução do mandato sob a alegação objetiva de que o mandato pertence ao partido.
Porque o TSE não devolveu o mandato ao partido?
Simples, a votação alcançada pelo partido confundia-se com a obtida pelo deputado. Clodovil foi o deputado mais votado de seu partido.
Porque isso é significativo?
Porque um deputado, reputado folclórico, ao manter seu mandato merece atenção?
Alguns diriam que por ser uma personalidade artística ele foi bajulado pelo Tribunal.
Outros defenderão que, por sua velada militância em prol da liberdade sexual, ele foi agraciado com uma sutil decisão politicamente correta.
Haverão os que afirmarão que se trata apenas de marketing institucional do supremo.
Mas, com esforço sincero, todos descobrirão que a decisão é resultado da coerência das ações do deputado com as idéias do candidato.
Todos saberão que ele manteve seu mandato simplesmente porque ele não vendeu seus votos e não leiloou sua atuação na casa do povo.
Quem conhece as idéias da personagem Clodovil já sabia que não podia ser de outro modo.
Ele sempre acusou, denunciou, criticou, enfim, botou o dedo na ferida de todos os males de nossa sociedade.
Só não ouviu quem não quis.
Agora, como deputado, continuou a fazer e falar como sempre fez.
Seu partido, que só queria os votos que ele podia conseguir, como de fato conseguiu, não gostou da sua atuação correta e o boicotou.
Clodovil saiu e seguiu em frente.
Parabéns ao TSE pela decisão em favor da atuação justa, correta e honesta de políticos com a estatura moral de Clodovil.
Se mais Homens de coragem como este houvessem seriam menores as notícias deletérias de nossas hostes políticas.
Seriam menos frequentes as decepções de nosso combalido povo com nossos representantes políticos.
Parabéns Clodovil.
Prossiga, não se cale.
O Brasil precisa. O brasileiro também.

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