terça-feira, 21 de fevereiro de 2006

Sonhos do amanhã ...

Me lembro de uma ilustração que vi numa revista quando ainda era uma criança: Uma futurística base de lançamento de foguetes com sua torre iluminada por potentes holofotes. Uma bruma derramando-se pelo chão anunciando o breve lançamento. Devidamente acoplada, ostentando sua majestosa imponência um moderno ... "liquidificador".

Porque ficou em minha mente esta imagem e não outra nunca vou saber, mas é nela que penso quando tento encontrar o momento em que a atração pelos mistérios escondidos nas estrelas e a aventura da colonização espacial começou a se fazer presente em minha vida.

Pelos olhos de uma criança era uma aventura que representava os mais elevados ideais da humanidade.

Uma “última” oportunidade de viver a experiência de desbravar um novo mundo.

Ainda me entristece o fato de que não poderei passear pelos vales marcianos, nem mesmo orbitar os anéis de Saturno.

Maravilhar-se ante a grandeza do Universo e a fragilidade humana me faz entender que o homem não pode representar o ápice da criação e que existem coisas capazes de causar um deslumbramento impossível de descrever.

Me resta sonhar, através da ficção e das artes, pela materialização daquele sonho cheio de esperança.

Creio que estes nossos sonhos materializados em papel e celulóide (agora digitais) são como um pequeno farol iluminando a noite tempestuosa.

Quando outra civilização nos encontrar, mesmo que nosso tempo já tenha passado, eles saberão que não estiveram sozinhos.

E através destas pétalas de nossos tolos devaneios saberão um pouco sobre quem fomos, o que fizemos, e do sonho que tivemos de encontrá-los para um chope, virando à esquerda depois da estrela mais brilhante.

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