quinta-feira, 28 de setembro de 2006

O ANALFABETO POLÍTICO

O pior analfabeto, é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio, dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tao burro, que se orgulha e estufa o peito, dizendo que odeia a política.
Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e o lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
(Texto do Dramaturgo alemão Brecht)

quarta-feira, 26 de julho de 2006

Mais essa agora...

Vírus, Spam, Trojan e todos esses lixos que atormentam nossa vida diária e agora temos mais uma porcaria para nos incomodar.

POSTS de comentários automáticos e indesejáveis agora estão poluindo nossos blogs.

Meu blog já foi infectado duas vezes. Para não comprometer a segurança dos leitores tive que remover os comentário publicados.

Claro que são criminosos e desocupados tentando se aproveitar de pessoas honestas e bem-intencionadas.

Os leitores de blogs devem tomar cuidado para não clicar nos links desdes comentários maliciosos (ainda estão apenas em inglês mas não tarda em aparecer no nosso bom português). Vai se saber com o que contaminarão nossas máquinas.

Não tardará a surgir uma nova linha de produtos para contra-atacar esses vilipendiadores de nosso tempo e bom humor.

Infelizmente é só mais uma frente de batalha na qual teremos que aprender a combater.

Fiquem alertas!

terça-feira, 4 de julho de 2006

PHOTOS GRAPHIA

Fotografia na construção etimológica da palavra significa "escrever com a luz".

Estou produzindo uma série de fotografias resgatando esse princípio que parece amplamente esquecido neste momento em que a produção de imagens passa por uma maciça transformação.

Não apenas no meio, agora digital, mas também pela massificação.
Pululam fotologs com imagens e produções de muita qualidade, mas infelizmente a maioria deixa a desejar. Muito fetiche e narcisismo.

De qualquer modo, sinto que a mudança será positiva.

Ainda espero encontrar máquinas totalmente manuais com armazenamento digital.

Algo como uma Nikon F2 ou uma Leica totalmente manuais que em lugar de filmes use cartões de memória. Coisa de purista, vai entender...

segunda-feira, 19 de junho de 2006

segunda-feira, 5 de junho de 2006

Verbo

MarceloM

Viver,
ainda que de modo angustiante
auferindo aos trancos
o hálito revigorante.

Sofrer,
pois não há quem se lembre,
além do agente,
do que ele fez em prol de toda gente,
construindo um presente
que dele prescinde e se ressente.

Arder,
pela força do grito aprisionado,
que jaz quedado,
ante a ignorância,
mesquinha falência moral,
que se impõe,
malgrado o desejo de ver realizado,
cumprido, completado, o plano...

Morrer,
ainda que tardiamente,
amado, cuspido, escarrado, odiado.
De peito erguido,
cabelo ao vento elevado,
tempo e espaço curvado a ver,
tão plena obra,
num só encarnado.

Fluir,
de um plano a outro,
levar de um o que o outro carece,
com equilíbrio e majestade,
ponto vulgar, celebridade.
Não mais agora, nem tarde.
Sempre no ocaso, à tarde.

Ser,
e que o seja além do existir,
que enseja o desejo no ser,
que se arrasta insosso,
sem ânimo ou tormento que o faça sentir.
Que anseie transcender o próprio ser,
buscando apenas ser, tudo.

quinta-feira, 1 de junho de 2006

Não é difícil compreender os ETs

Longe de casa, depois do almoço, tempo livre antes de uma tarde de reuniões tolas e improdutivas.
Sem museus para visitar, nem dinheiro para gastar. Entro na livraria que me permite um sopro de civilidade e sonho.
Chama à atenção a banca de saldos “a partir de 1,99” não se encontra nada, mas pelo menos se gasta tempo. Útil para quem só tem tempo sobrando.
Vira e revira, quase dá vontade de arrumar. Colocar tudo em ordem, como se espera numa livraria. Mas ali não, a ordem é subvertida em favor do caos. Sem a “biblio”, restou a “economia”.
Tantos títulos repetidos, antiquados, sobre temas datados.
Alguns até bonitinho, capa não faz o livro, mas fica bonitinho e ajuda a vender, mas “Enfrentando a hiperinflação” e “dBase para iniciantes” não há capa que consiga vender.
Mas naquele amontoado de papéis algo tem um brilho especial. Bonitinho sim, título intrigante para um apaixonado por ficção científica, mas será que vai além da capa? Pequeno, quase modesto, parecendo pessoas “de atitude” que se destacam na multidão.
Lugar errado, caiu ali por acidente, não é “saldão”. Mas que seja, valeu cada centavo e ainda foi no cartão.
Abro. Abrir um livro é como molhar os pés na água para sentir a temperatura. Quase nunca nos diz como a água está, mas quando convida, nos impele a lançar o corpo de uma vez, por inteiro.
Me jogo, de ponta, e logo sinto um mundo silencioso, denso, envolvente, leve. De tal modo sufocante que me fazer buscar com sofreguidão o ar, meu próprio ambiente, mas sem nunca esquecer ou deixar de desejar voltar.
Estando lá, nas ondulações envolventes e cativantes, ora pensativas, ora alientantes, é possível entender como se sentem os estrangeiros.
Realmente, “não é difícil compreender os ETs”.
E como deve ser bela uma vida narrada pelas mãos que produziram a alquimia daquelas palavras.
Tensa, rápida, telegráfica. Ombros arqueados pelo peso de dores e idéias inacabadas. Os olhos alertas e o coração vibrante.
E a mente perguntando: Será ciência ou magia?
Simplesmente poesia.

Texto inspirado pela obra da autora Laís Chaffe.

terça-feira, 30 de maio de 2006

À espera de um milagre...

"Não se pode vencer a escuridão com mais escuridão.
Não se pode vencer a violência com mais violência."
Martin Luther King

Não é preciso dizer muito mais a respeito da violência que prolifera nas grandes cidades, mas que em diferentes graus de intensidade está presente em nossas cidades, em nossos bairros.
Não tenho respostas prontas e creio que mesmo a maioria dos especialista não as têm, mas já é hora de dar um basta a este caos e descontrole.
Os problemas começam em nosso gritante desnível social, passa pela falta de cultura e educação de todos os extratos da população e esbarra na falta de vontade política de nossos governantes.
Como disse o poeta Caetano Veloso:

"Será que nunca faremos senão confirmar,
a incompetência da américa católica,
que sempre precisará de ridículos tiranos..."

Sejam elas do PT ou do PCC ou de qualquer partido, coligação ou entidade, basta de sermos escravos de sua falta de escrúpulos e de seu egoísmo.
Não pedimos muito, queremos apenas que nossas famílias possam viver e trabalhar em paz e segurança.
É pedir muito?

terça-feira, 23 de maio de 2006

Conhecimento X Sabedoria

Certa vez um bom amigo e eu estávamos postados às margens do Rio Cuiabá com nossas varas de fibra de carbono, nossos molinetes e iscas artificiais regalando-nos do prazer de desfrutar um dia de pesca esportiva junto à natureza exuberante daquela região.
Mal havíamos nos preparado para o desfrute e diante de nós passou uma tosca embarcação de madeira cunhada a machadinha na tora de uma árvore. À moda indígena tinha um velho e mulato caboclo conduzindo a embarcação com um remo entalhado.
Mesmo muito magro o peso do velho impunha ao barco um desnível que na linha d’água de modo que a pequena criança postada à proa parecia mais um adorno do que um tripulante.
- Diiia! – cumprimentou o velho com voz contida e sotaque carregado.
- BOM DIA! – respondemos quase em uníssono com nossas vozes carregadas de surpresa de ver alguém com disposição suficiente para arriscar uma manhã tão linda de domingo numa canoa lenta e insegura.
Quando pouco depois o barco sumiu por detrás da vegetação ribeirinha olhamo-nos com um misto de pena e desprezo por aquela criatura sem cultura que almejava enfrentar a natureza munida apenas de parcos e rústicos equipamentos.
Após algum tempo nossa euforia matinal já estava amortecida pelo sol que então já se fazia alto. Nosso acervo de piadas tolas esvaíra-se na velocidade inversa com que aumentava nosso “estoque” de peixes que agora contabilizava a irrisória quantia de um raquítico "piau" e um pequeno "lambari".
Neste momento, desta vez descendo o rio, novamente a canoa passou. Sem surpresa pude reparar melhor. O homem não era assim tão velho. Marcado pela dura lida no campo sim, mas a pele vincada era mais uma mostra de que sua aparente magreza era mais um corpo definido e modelado pelo incessante trabalho físico do que pela falta de uma dieta mais rica.
O jovem à frente do barco era sem dúvida muito jovem, mas trazia no rosto a expressão de quem já conseguia enxergar o horizonte não mais com os olhos sonhadores de uma criança, mas com lucidez e esperança.
Meu amigo não pode conter sua curiosidade e perguntou: - E então, como foi a pescaria?
- Mal. - respondeu o barqueiro com certo tom de desânimo na voz – Só pegamos um "Pintado" e dois "Pacus".
Não dissemos mais nenhuma palavra. Ficamos apenas olhando o barco sumir na curva do rio. E quando nos fitamos novamente só fomos capazes de rir abundantemente da ironia da situação. Recolhemos nosso orgulho esparramado pelo chão junto com as tralhas de pesca e fomos nos dedicar a tarefas mais afeitas a nossa competência, quer seja, beber umas cervejas, comer um churrasco e rir de nosso inútil conhecimento diante daquela demonstração de sabedoria.

sexta-feira, 19 de maio de 2006

Em defesa do código

Depois do estrondoso sucesso literário, estreou nos cinemas o Código da Vinci.
Não importa muito se terá sucesso de bilheteria ou de crítica, o maior desafio que o título poderia vencer já foi conquistado.
Levar às pessoas a refletir sobre dogmas que são aceitos com verdades absolutas já é uma grande realização.
Código é um conjunto de leis ou regulamentos.
O que a ficção do “Código da Vinci” realiza com sucesso é mostrar que o “Código de Jesus” continua atual e incorruptível. Ele está fundamentado nas lições morais que ele legou à posteridade e não está consubstanciado na sua existência material, na sua vida privada.
O maior legado da vida de Jesus permanece inatacável, sua mensagem de amor e tolerância.
Os fatos relativos à sua figura histórica são tão escassos quanto irrelevantes. Se ele se casou e teve filhos, ou até mesmo se morreu crucificado ou não, são questões interessantes, mas menos importantes que suas lições de moralidade.
A polêmica em torno da ficção criada por Dan Brown só reforça o apego que as pessoas tem às aparências, algo que o próprio Cristo condenou na figura dos fariseus.
Revestir Jesus de características humanas não o diminui, ao contrário o enobrece.
É mais fácil ser puro e bom quando se é um Super-Humano, O próprio filho de Deus.
Muito mais difícil é trilhar o caminho do amor e da retidão sendo apenas um reles mortal.
Recentes descobertas históricas propõem uma reavaliação do papel de Judas na condenação do Cristo. Ele pregou o amor e o perdão, mas seus seguidores em dois mil anos de história ainda não foram capazes de perdoar aquele que o teria traído.
Contra-senso? Ou apenas o respeito ao princípio: “Faça o que eu digo, não faça o que eu faço”...
Ao elevá-lo a um patamar inalcançável à natureza humano, criamos obstáculos intransponíveis para cumprirmos seus ensinamentos.
Ao contrário de nós, ele podia realizar grandes coisas pois era mais que humano.
Nos somos incapazes de viver em paz porque somos apenas humanos.
Somos incapazes de perdoar porque somos apenas humanos.
Somos incapazes de amar como Jesus porque somos apenas humanos.
Mas se ele foi apenas um humano, iluminado sim, mas humano então temos esperança de um dia construir o mundo que ele sonhou para nós.
Então vamos deixar de polêmica.
Vamos nos divertir com o "Código da Vinci" e vamos viver o "Código de Jesus".

terça-feira, 2 de maio de 2006

Nova Visão sobre o Consultor

Uma empresa freqüentemente nasce pela coragem e determinação de um empreendedor, cresce pela força do trabalho gerando um contínuo processo de burocratização até que, num belo dia, o dito empreendedor se descobre empresário, responsável por um amplo conjunto de atividades que o sufocam e o impedem de cuidar do "negócio" da empresa propriamente dito.
Uma alternativa muito comum, por exemplo, é decidir pela compra de um computador no qual "se joga tudo lá dentro e sai prontinho". Mas quando começa a perceber o que existe por trás da compra de um computador, ele simplesmente desiste ou acaba investindo seu escasso capital com uma ponta de receio de estar sendo ludibriado.
O mais sensato seria contratar um consultor, ou uma empresa de consultoria para auxiliar o empresário a tomar um caminho seguro e promissor, afinal, quando penetramos em um território que nos é adverso temos que nos munir de armas e acessórios que garantem a nossa sobrevivência.
Ora, quando vamos ao médico e o ouvimos dizer que precisamos fazer isso ou aquilo para nos curarmos de uma indisposição, o mesmo sentimento acima exposto nos acomete. Ou desistimos do tratamento por considerá-lo muito caro ou muito sacrificante, ou nos submetemos a ele com uma ponta de desconfiança. Se o tratamento não surte efeito logo esbravejamos que o médico estava errado e que a receita do vizinho era mais eficaz. Nunca nos lembramos que não seguimos a risca a receita ou ainda que ocultamos algumas peculiaridades que impediram um diagnóstico preciso. Mas se nos curamos, gostamos de ressaltar que aquele "chazinho da vovó" foi crucial para a recuperação.
Com uma empresa não é diferente. Se a considerarmos como um organismo vivo, mutável segundo as leis sócio-econômicas e sensível ao meio ambiente, veremos que a analogia é perfeitamente cabível.
O empresário freqüentemente recorre aos consultores quando sua empresa atravessa dificuldades dos mais variados portes e com mais freqüência ainda reluta em pagar pelo tratamento ou ainda segui-lo com a rigidez necessária para o seu sucesso.
Há exceções é claro, e se não houvessem certamente não haveriam mais profissionais dedicados ao trabalho de consultoria de empresas, e se houvessem, seriam apenas mercenários movidos pelo dinheiro.
E pode-se constatar que a maioria é de profissionais movidos principalmente pelo ideal do trabalho honesto e objetivo. São homens que fazem da excelência da técnica e da aplicação objetiva de teorias o seu dia-a-dia, o seu ganha pão.
O empresário deve ter em mente que todo indivíduo tem suas limitações o que faz do trabalho de equipe, to injustamente discriminado neste país, a melhor ferramenta para a solução de problemas.
A empresa faz parte da vida do empresário, é o seu negócio, e certamente ninguém melhor do que ele para conhecer seus problemas e suas necessidades. Mas este cotidiano freqüentemente causa miopia, que como no caso da doença propriamente dita, facilmente passa despercebida sendo notada apenas quando muitas cores e formas, muitas oportunidades enfim, já se perderam para sempre nas brumas do passado.
Para combater a miopia só há duas alternativas: ou nos submetemos a uma cirurgia, mais traumática e custosa (contratamos ou elegemos funcionários que seriam treinados para produzir soluções caseiras para os problemas da empresa, correndo o risco de não alcançar o resultado desejado), ou aderimos à muleta representada pelos óculos ou lentes de contato dos mais variados tipos e formas, que não representam uma cura, mas que oferecem uma solução imediata com menos traumas e custos, apesar do inconveniente de serem permanentes (uma consultoria externa é uma solução rápida e freqüentemente mais barata, mas que causa dependência quase permanente).
O empresário deve avaliar o custo-benefício de cada alternativa e escolher a que mais lhe convém.
O consultor por sua vez também tem suas limitações, ele não pode e não consegue ser suficientemente precisão em suas observações e no seu diagnóstico sem o auxílio do empresário. Uma empresa, sem o espírito do empresário, torna-se um grande aglomerado de pessoas e produtos, expressivos apenas através de gráficos de receitas e despesas.
A colaboração, e acima de tudo, a confiança e o respeito mútuo, é vital para o sucesso do empreendimento.
Mas como assegurar essa situação? Como saber se o consultor possui o perfil que garanta tal relacionamento construtivo?
Não existem regras definitivas e o bom senso acaba demonstrando novamente sua importância. Critérios tradicionalmente empregados para definir a competência de um fornecedor podem minimizar os riscos.
Quando escolhemos um médico para cuidar de nossa saúde levamos em conta não apenas a sua eficiência no atendimento e cura de seus pacientes, ou seja, sua competência. Fatores to variados como a localização do seu consultório, sua disponibilidade de horário, rapidez no atendimento, simpatia, amabilidade, objetividade, sinceridade, seu currículo e o preço de sua consulta são também considerados.
São fatores variados, mas que se agregam firmemente formando o que os especialistas em marketing denominam MIX de produtos. O produto propriamente dito é a cura, pois é o que desejamos obter quando procuramos o médico, é o produto tangível. Todos os demais elementos são agregados intangíveis do produto. Mesmo quando já nos submetemos ao tratamento temos dúvida se conseguiremos ou não obter o produto que buscamos.
Analogamente o trabalho dos consultores tem a mesma característica de serem intangíveis, não serem sólidos. Mesmo as planilhas e gráficos, os relatórios e conclusões do profissional parecem incompreensíveis, como as receitas médicas. Somente os resultados que se sobressaem de sua aplicação podem ser percebidos com clareza, por isso o receio do empresário em aceitar o trabalho do consultor. Simplesmente por que o resultado só poderá ser totalmente compreendido e visualizado quando for "tarde demais".
Dessa forma, somente o emprego de critérios como os que nos levam a escolher um médico, por exemplo, pode nos levar a escolher um consultor.
Acima de tudo o empresário deve ter em mente que não há cura para quem não quer ser curado.
Nem deve iludir-se acreditando que exista uma fórmula mágica para curar todos os males de sua empresa. Cada caso deve ser avaliado sem preconceitos pelo "médico" e pelo "paciente".

quarta-feira, 19 de abril de 2006

A Mulher...

MarceloM
1998

Quem poderia escutar o coração da mulher
e compreender toda sua complexidade?
Quem poderia descrevê-la com precisão?

Como a terra que tudo nutre e tudo têm,
a mulher é a semente de todas as coisas.
Tudo deriva da mulher e tudo a contêm.

Como uma rocha ela se mantém sólida
e inabalável diante das adversidades
e ainda assim se deixa moldar pelo vento suave
que lhe esculpe formas sempre mais belas.

Ela é como a árvore que nos abriga com sua sombra fresca.
Que nos protege das tempestades
e nos alimenta com seus frutos.

Como uma pequena fonte de água,
brota pequena em meio às pedras
e vai crescendo, mansa e serenamente...
avolumando-se, deixando marcas e espalhando vida por onde passa
até tornar-se grande e majestosa como um rio.

E como o mar, profundo, imenso e soberano
ela se nutre sem preconceito de todas as fontes
aumentando sua riqueza interior.

Reunindo em si mesma tudo que há no mundo,
todas as contradições,
torna-se o próprio alimento da vida
e a fonte de toda existência.

A mulher é luz
e como o sol ilumina nosso caminho,
aquece nosso corpo e resplandece nossa alma.

A mulher é infinita como o universo, enigmática.
Repleta de mistérios e segredos
que atiçam nossa imaginação e nossas fantasias.

Como descrever a mulher?
Há tanto contido numa mulher
e tantas em uma...

A mulher é amor, carinho, afeto, conforto e proteção.
Ela é coragem, determinação, fúria, perdão e compreensão.
É também serenidade, esperança, piedade e compaixão.

A mulher é vida.
Olhe com atenção e respeito esta mulher.
Você está olhando a mais perfeita expressão de Deus.

quinta-feira, 13 de abril de 2006

terça-feira, 28 de março de 2006

E o Brasil foi pro espaço...


Esperava por este momento há tantos anos que, agora que ele finalmente aconteceu, não consigo descrever a sensação de decepção que se apoderou de mim.
Talvez por saber que afinal, o primeiro brasileiro a deixar a atmosfera a bordo de uma nave espacial, só conseguiu fazê-lo por uma conjunção de fatores que por se repetirem com tanta freqüência só vêm confirmar nossa decepção com os rumos de nossa nação.
Deveríamos ter um assento no ônibus espacial graças à nossa colaboração como membro da elite tecnológica que está construindo a Estação Orbital Internacional. Mas não mostramos competência para construir as poucas peças que nos foram designadas e por isso, perdemos a vez.
Mas, nosso governo, sob a égide de lideranças de arguta visão e pensamento voltado para o futuro, antevendo os frutos que podem advir da participação do Brasil na corrida espacial não pode deixar que o “foguete” da história passe e COMPRA a passagem de nosso corajoso viajante das estrelas por U$10.000.000,00 (dez milhão de dólares).
Mas afinal o que são míseros milhãozinho quando é o futuro está em jogo?
Em tempo, o “futuro” em todos estes casos não vai além de 43 de outubro, onde a folhinha marca “ELEIÇÕES”.
Nada em investimento em tecnologia para que nossos cientistas possam fazer pesquisa.
Nada em investimento de mão-de-obra para melhorar salários de professores, pesquisadores, cientistas e técnicos, para que possam se dedicar em tempo integral a suas atividades.
Nada em sistemas de educação de base com eficácia duradoura na construção de uma geração livre do flagelo do analfabetismo, da falta de educação e cultura.
Nada para acabar com as desigualdades sociais doentias cujas conseqüências atormentam a população sob tantas formas.
Pois é, um brasileiro vai para o espaço, o país já foi faz tempo.
Quem sabe ele não encontra o Brasil por lá.

sexta-feira, 10 de março de 2006

F1 – 2006, começa a briga.


Rubinho na Honda, será que dessa vez vai?

Nunca vi a Honda entra numa briga que não fosse para ganhar.

Quando o Senna corria pela McLaren com motor Honda o investimento da fábrica nos motores da equipe era fantástico. E depois de pouco tempo ela já havia desbancado os então insuperáveis turbos da Renault.

Agora, ela não só empresta seus motores, mas coloca seu nome a prêmio.

Rubinho não é um piloto que se possa chamar de arrojado, apesar de algumas corridas brilhantes ele está mais para Berger que para Senna.

Jenson Button, seu companheiro de equipe, apesar de um começo de carreira promissor, não correspondeu às expectativas e parece que vai continuar sendo apenas isso, uma promessa.

Assim, não é de se surpreender que nesta primeira parte do campeonato a Honda esteja em pequena vantagem que pode colocá-la na briga pelo título e quem sabe levar Rubinho a brigar de verdade pelo título. Pelo menos isso.

De Massa não se espere mais do que uma temporada mediana. Nunca houve e nem haverá piloto que possa enfrentar a arrogância e presunção de Schumacher.

E com todo respeito ao que já fez Alonso e ao que sempre promete Räikkonen, enquanto Schumacher estiver na Fórmula 1 ele sempre será favorito. Gostemos ou não.

Já se pode decretar que a era Schumacher acabou.

O que virá depois só vamos saber a partir deste domingo, 8h30.

Gentlemans, start your engines...

quinta-feira, 9 de março de 2006

Pragas Urbanas I

Viver em cidades tem suas vantagens. Saúde, educação, lazer, comunidade.

Mas elas vêm acompanhadas de algumas pragas que insistem em nos atormentar.

São aquelas pequenas coisas que, quer seja pelo nosso amortecimento social ou pela inépcia das autoridades constituídas, vão se tornando mais e mais corriqueiras e passam a compor o panorama de nossas vidas em sociedade.

Um desses nefastos exemplos está caracterizado na figura do “flanelinha”, o guardador de carros.

Costumo comparar esta figura do cenário metropolitano com o catador de papel.

O catador é um trabalhador – apesar de ser um autônomo da informalidade, o seu trabalho se constituí de uma efetiva prestação de serviço à comunidade mediante uma remuneração.

O “flanelinha” é um marginal que, se valendo da exploração ilegal de um espaço público, faz uso da extorsão para auferir lucros.

Que serviço ele presta? Que bem o seu trabalho têm para a comunidade?

Não significa que todos os que se dedicam a esta atividade ilegal sejam criminosos. Em absoluto. Muitos são os que por falta de opção passam a atuar à margem da legalidade com o justo propósito de sustentar suas famílias.

Mas o espaço das ruas onde estacionamos nossos veículos é público e portanto não pode ser objeto de exploração comercial sem regulamentação legal (e em muitos casos como o das zonas-azuis já são). Assim, ninguém pode nos cobrar adicional para estacionar o veículo.

Mas estes profissionais do ilícito asseguram que estão cobrando “proteção”. Proteção contra furtos, roubo, vandalismo. Ora, é exatamente esse comécio da proteção que tornou os mafiosos famosos. Atualmente muitos traficantes têm usado tal prática para manter cativo seus redutos.

E é porque já está arraigado na memória popular que quem não paga, “paga mais caro”, é que a extorsão funciona.

Pagamos porque temos medo de que sejam eles mesmos os maiores agressores de nosso patrimônio.

Não é raro ver pessoas, principalmente mulheres, serem intimidadas e moralmente agredidas por estes indivíduos que se acham no direito de exigir pagamento por sua extorsão.

Mas porque todos nós ficamos com a consciência culpada, afinal “eu ainda tenho carro enquanto o coitadinho nem emprego tem”, vamos aceitando e cedendo a esta coerção imoral.

Não se deve abandonar os excluídos à própria sorte, mas tolerar mesmo as pequenas infrações que se avolumam no dia-a-dia só nos torna incapazes de agir com o rigor e rapidez necessário quando infrações maiores são praticadas.

Basta de flanelinhas, basta de guardadores. Não dê esmolas.

Em vez disso lembre-se que você é um cidadão e, como tal, tem não apenas o direito mas o dever de exigir que as autoridades tomem providências para tornar as ruas seguras e oferecer assistência aos necessitados.

domingo, 26 de fevereiro de 2006

Carnaval é cultura?

No Rio de Janeiro onde o samba compõe a identidade cultura do povo, sim! Afinal ali, o samba não é um produto de consumo sazonal, mas um ingrediente do dia-a-dia.
Em Recife e Olinda o carnaval não se vive o ano inteiro, mas assim como na Bahia ele é uma festa que têm história e características próprias.
São Paulo é metrópole. Não apenas brasileira, mas cosmopolita como só as grandes cidades sabem ser, aceita tudo e todos. Natural que um fenômeno cultural de massa encontre eco em sua sociedade. Não muito diferente do que acontece com o Hip Hop, por exemplo.
Mas e no resto do país?
O que se têm de aceitável, quando muito, é uma festa de salão. Regada a música carnavalesca e temperada com muito narcisismo e erotismo, mas ainda assim uma festa.
Em algumas cidades promovem-se desfiles de uma escola só. Tentativas na maioria das vezes vergonhosas que nem nos mais tresloucados desvarios podem se comparar ao que (inevitavelmente) compõe a programação das televisões nestes dias. E o que se vê pela TV ainda consegue ser melhor do que aqui se faz ao vivo.
Que dizer então dos administradores municipais que se prestam a financiar de forma irresponsável desfiles de uma escola só, apenas para parecer culturalmente descoladas.
Pura hipocrisia política e irresponsabilidade administrativa.
Afora uma ou outra cidade cujo histórico justifica a ocorrência do carnaval, as demais não poderiam jamais se permitir utilizar dinheiro público para financiar badernas disfarçadas de festas populares.
Já vi secretário de cultura (grifemo-lo em minúsculo mesmo) gastar dinheiro público comprando fantasia de carnaval usada sob o argumento de fomentar o desenvolvimento de uma cultura carnavalesca.
De onde vem uma idéia dessas?
Na cultura, o dinheiro público tem melhor emprego em outras ações. Preferencialmente vinculadas às riquezas culturas que se manifestam atemporalmente em todo o seio da sociedade.
Quando muito oferecer apoio logístico para a realização de eventos públicos, por que o são.
Em cidades sem tradição cultural carnavalesca, ele se torna evento folclórico e nada mais.
Então, vamos deixar que estas cidades sejam realmente refúgios para os que saem de cidades carnavalescas para buscar descanso longe de casa.
Se eles desejam fugir do verdadeiro carnaval que é celebrado com competência e qualidade em cidades como Rio, Recife e Salvador que não sejam punidos em encontrar aqui caricaturas mal e porcamente produzidas.
E nos deixem em paz também.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

O ovo e a galinha

Freqüentemente perdemos tempo com discussões que nos parecem revestidas de singular importância e que na mais das vezes são totalmente insignificantes.

Em outras, ignoramos as evidências por considerar a pergunta impertinente.

Um exemplo simples é a velha e surrada pergunta: “- O que veio primeiro: o ovo ou a galinha?”

Pois bem, ao contrário do que possa parecer, essa não é uma pergunta cuja resposta seja impertinente e inadequada como o senso comum costuma julgar. A resposta comum de que “tanto faz” ou ainda de que “isso ninguém nunca vai saber” demonstram apenas que mais do que respostas, falta aos homens a capacidade de fazer as perguntas certas.

É por isso que muitas vezes ficamos insatisfeitos com as respostas que encontramos. Não fomos capazes de fazer a pergunta certa.

Usando a questão galinácea para exemplificar, fica claro que o que temos é uma pergunta mal formulada.

Esta questão de relevante significado científico já foi a muito respondida.

Antes que algum animal de nossa vasta fauna viesse a se constituir dos elementos morfológicos que o distinguiriam naquilo que viemos a chamar de “galinha” já haviam muitos outros animais ovíparos na natureza. Os dinossauros se reproduziam através de ovos e os répteis o fazem ainda. E como naquele período da história não haviam galinhas, os ovos, como produto da natureza vieram a lume antes que a galinha o fizesse.

Se no entanto, tivéssemos perguntado: “- O que veio primeiro: o ovo de galinha ou a galinha?”, então teríamos uma resposta totalmente diferente pois para que um ovo pudesse ser chamado de “ovo de galinha” seria preciso que este animal já existisse na natureza e portanto, a galinha teria surgido primeiro.

Mas o propósito de discutir esse assunto, com o perdão do trocadilho, “penoso”; é nos fazer questionar sobre a necessidade de romper com o paradigma que nos faz insistir em pensar que algumas perguntas não devem ser feitas ou não merecem respostas.

Se tivermos em mente que perguntas claras e precisas sempre terão respostas objetivas, podemos argumentar que assim também os problemas podem ser distinguidos e resolvidos.

E isso vale para tudo na vida. Seja na hora de escolher os ingredientes para o jantar, o destino das férias, onde investir o orçamento do governo, como dirimir conflitos políticos supra-nacionais.

Porque têm gente passando fome quando tanto alimento é jogado fora?
Porque os preços dos carros sobem quando o dólar cai e sobem mais ainda quando o dólar dispara?
Porque políticos não vão para a cadeia?

Pensando bem, não nos faltam respostas, as perguntas é que estão erradas.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2006

Sonhos do amanhã ...

Me lembro de uma ilustração que vi numa revista quando ainda era uma criança: Uma futurística base de lançamento de foguetes com sua torre iluminada por potentes holofotes. Uma bruma derramando-se pelo chão anunciando o breve lançamento. Devidamente acoplada, ostentando sua majestosa imponência um moderno ... "liquidificador".

Porque ficou em minha mente esta imagem e não outra nunca vou saber, mas é nela que penso quando tento encontrar o momento em que a atração pelos mistérios escondidos nas estrelas e a aventura da colonização espacial começou a se fazer presente em minha vida.

Pelos olhos de uma criança era uma aventura que representava os mais elevados ideais da humanidade.

Uma “última” oportunidade de viver a experiência de desbravar um novo mundo.

Ainda me entristece o fato de que não poderei passear pelos vales marcianos, nem mesmo orbitar os anéis de Saturno.

Maravilhar-se ante a grandeza do Universo e a fragilidade humana me faz entender que o homem não pode representar o ápice da criação e que existem coisas capazes de causar um deslumbramento impossível de descrever.

Me resta sonhar, através da ficção e das artes, pela materialização daquele sonho cheio de esperança.

Creio que estes nossos sonhos materializados em papel e celulóide (agora digitais) são como um pequeno farol iluminando a noite tempestuosa.

Quando outra civilização nos encontrar, mesmo que nosso tempo já tenha passado, eles saberão que não estiveram sozinhos.

E através destas pétalas de nossos tolos devaneios saberão um pouco sobre quem fomos, o que fizemos, e do sonho que tivemos de encontrá-los para um chope, virando à esquerda depois da estrela mais brilhante.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006

Trânsito caótico

Dentre os diversos problemas relacionados ao sistema viário da cidade de Cascavel/PR, um em especial chama a atenção pela sua abrangência.
Todos os motoristas sofrem com o fato de que existem poucos pontos de convergência no sentido norte-sul na região central.
Isso provoca um acúmulo de veículos nestas poucas ruas de livre cruzamento e que são:

No sentido Norte-Sul:
· Travessa Cristo Rei
· Rua Sete de setembro
· Rua Marechal Cândido Rondon

No sentido Sul-Norte:
· Rua Antonio Alves Massaneiro
· Rua Marechal Cândido Rondon

A pior delas é sem dúvida a rua Marechal Cândido Rondon que é a única agravada pelo fato de ter mão dupla.
Ao longo da extensão de todo o calçadão todas as ruas transversais são de mão única.
Minha sugestão é estender esta configuração até a Rua Marechal Cândido Rondon tornando esta e a Rua Visconde de Guarapuava ruas de mão única, com fluxo alternando às demais ruas.
A Rua Visconde de Guarapuava passaria a ter mão única no sentido Norte-Sul (da Av. Paraná –> R. Rio Grande do Sul).
A Rua Marechal Cândido Rondon passaria a ter mão única no sentido Sul-Norte (Rua Rio Grande do Sul –> Av. Paraná).
Se esta configuração fosse adotada teríamos um melhor fluxo de veículos na Rua Marechal, principalmente nos horários de maior pico.
Também desafogaríamos o fluxo na Rua 7 de Setembro que é utilizada por muitos motoristas que precisam locomover-se nesta região como rota de fuga do caos que é a Rua Marechal.
Para que uma solução completa fosse obtida seria recomendável ainda que na interseção da Avenida Brasil com a Rua Visconde de Guarapuava fosse removido o canteiro central que neste ponto é um estacionamento pouco utilizado, como pode se comprovar com uma inspeção do local.
Soluções como estas já foram adotadas em outras regiões da cidade.
Neste caso em particular além de contribuir com a melhoria do tráfego em toda a região central, haveria uma considerável melhoria no fluxo e organização do trânsito com conseqüências positivas para todos os usuários da Rua Marechal Cândido Rondon desde a Rua Santa Catarina até a Rua Presidente Kennedy.
Haveria também um melhor aproveitamento da Rua Visconde de Guarapuava que tem se prestado quase exclusivamente ao estacionamento de veículos de todos, inclusive de caminhões pesados como pode se aferir em seu trecho entre as ruas São Paulo e Rio Grande do Sul.
Esta sugestão já foi apresentada a administrações passadas, sem sucesso.
Agora que sabemos que ela chegou ao conhecimento das lideranças atuais, é esperar que nossas autoridades tomem providências.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2006

Adeus G'Kar...

Andreas Katsulas como G'Kar
Com pesar soube agora que Andreas Katsulas, ator que encarnou papéis inesquecíveis no cinema e na TV faleceu no último dia 13 após uma longa luta contra o câncer.
Aos 59 anos deixou uma carreira pontuada de personagens complexos e enigmáticos. Mas nenhum talvez tão fascinante quanto o embaixador Narn G'Kar da série Babylon5.
Descanse na Luz...
Fica uma poema escrito de sopetão em sua memória.

---oooOooo---

Sua presença ainda em minha mente,
os passos ecoando distantes;
percebo que você se faz ausente
e as pegadas ainda tão quentes...

E porque nos mostrou o caminho
segue em frente bom amigo
como a preparar o ninho
que a todos servirá de abrigo.

Você fez o que podia
deixou um presente
que nos mudou para sempre.

Fique em paz
agora é comigo,
o resto eu consigo.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2006

Conspiração em curso...

Para quem, como eu, acredita que existem forças que transcendem nossa compreensão, posso afirmar que estou diante de uma grande conspiração em curso.
E porque chego a esta conclusão?
Conspirações são coisas que não são anunciadas, nem propagandeadas. Nem se percebem pelos grandes eventos. São na grande maioria das vezes percebidas sutilmente nos eventos subliminares que perspassam nosso cotidiano.
E nós, pessoas insignificantes na ordem maior das coisas, só as percebemos de modo transversal, quase acidental. E nunca, ou quase nunca compreendemos suas causas e motivações.
Mas a grande força que ordena o universo às vezes nos dá estas pistas e quando elas são tão fortes como agora não dá para ignorar.
Ontem, uma grande amiga me procurou com um DVD que segundo ela funcionava num aparelho e noutro não. Constatamos que era só problema de compatibilidade entre os equipamentos. O interessante é o que o filme em questão era ”O MAIS LONGO DOS DIAS”, épico em preto e branco com 178 minutos de duração e elenco estelar que aborda de maneira grandiloquente os eventos que antecederam e culminaram com a invasão aliada da Normandia em 6 de junho de 1944, evento que marcou o início da derrocada Nazista na segunda guerra mundial.
Até aí nada de mais, também gosto de filmes épicos e os clássicos dos anos 50 e 60 são os melhores.
Mas não deixa de ser curioso que também ontem à noite o canal a cabo HBO tenha exibido o filme “Ike: Countdown to D-Day”, que a partir da narrativa do Gen. Dwight D. Eisenhower descreve os eventos que ocorreram nos 90 dias que antecederam aquele dia fatídico.
Hoje, abro a revista Veja e leio a sinopse do segundo volume das memórias de Winston Churchill sobre suas experiências como Primeiro Ministro da Inglaterra durante a 2a Grande Guerra.
Coincidências tão absurdas e inconseqüentes podem ter alguma relevância?
Pode ser que não, mas tantas referências ocorrendo simultaneamente me levaram a refletir...
Hoje faltam 112 dias para o dia 6 de junho. Quantas pessoas em 14 de fevereiro de 1944 poderiam imaginar os eventos que estavam em curso e o que eles ocasionariam não apenas para a guerra em curso, mas para todo o futuro da humanidade? Como seria o mundo atual se a invasão não tivesse sido bem sucedida? E se a Alemanha Nazista não tivesse sido derrotada?
Abrimos o jornal, ligamos a TV e somos bombardeados com informações sobre uma Grande Guerra que está sendo gestada. Uma guerra que poderá ser a última e selar definitivamente o nosso futuro.
Uma guerra entre o Ocidente e o Oriente, ou seria entre a intolerância e a arrogância.
Não sei. Mas sei que devemos ficar atentos e emitirmos os nossos melhores pensamentos em prol de todos aqueles que hoje têm em suas mão o poder de evitar que eventos nefastos continuem a ocorrer e contribuir para um futuro incerto e doloroso para as gerações futuras.
Afinal podem faltar apenas 90 dias... ou menos...

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006

“Não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual...

Somos seres espirituais passando por uma experiência humana...


(Theilard Chardin)

domingo, 12 de fevereiro de 2006

Solto,
Envolto pela lua
que se dobra nua
à crua agrura
de estar só na noite escura.

sábado, 11 de fevereiro de 2006

Pensamentos

Qualquer idiota pode dizer quantas sementes há dentro de uma uva.
Mas quem pode afirmar quantas uvas há dentro de uma semente?

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006

Campanha contra o horário de inverno !!!

Adoro horário de verão, chegar em casa à tardinha ainda com o sol brilhando alto é delicioso.
O dia fica mais produtivo, parece até que temos um dia inteirinho, todo dia para nós.
Mas como todos gostam de falar quanto são convidados a palpitar na TV:
- Detesto ter que ficar mudando de hora toda vez que começa ou termina o horário de verão.
Mas, afinal, tenho que conciliar as coisas boas e ruins, não é?

Então estou lançando uma nova bandeira:
Abaixo o horário de inverno! (pelo menos aqui no sul do Brasil).
Vamos manter o horário de verão para sempre.
Chega de ficar adiantando e atrasando os relógios (são tantos que uma semana depois ainda têm relógio com horário errado).
Vamos adotar de vez um novo fuso horário e ficar com os relógios adiantados mesmo no inverno. Vamos adotar em Brasília o horário de Cuiabá.
Além das vantagens óbvias de economia no verão, poderemos chegar em casa antes da escuridão completa que chega mais cedo no inverno. É claro que sairemos na completa escuridão de nossas casas de manhã, mas neste horário os trombadinhas ainda não começaram a trabalhar e no fim da tarde teremos os últimos raios do sol trabalhando a nosso favor.
Alguns vão dizer que não vale a pena, que é muito chato acordar no escuro durante o inverno, mas vai estar escuro de qualquer maneira. E ainda é melhor do que ficar descobrindo se temos de adiantar ou atrasar o relógio.
Pense nos chopinhos gelados, nas tardes preguiçosas, nos passeios que você pode fazer não só quando o horário de verão começa a vigorar, mas desde que o frio diminuiu e o sol começou a alongar os dias já no meio da primavera.
Vale a pena, nem que seja para não sentir sono toda vez que reajustamos nossos relógios.
A única coisa que você perde é o prazer de dormir uma horinha a mais naquele domingo indefinido no tempo futuro em que você vai atrasar seu relógio em um hora.
Ou será adiantar?!?! Afinal, será que adianta?

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2006

Recomeça a tortura...

Começa o ano letivo e a tortura do trânsito em nossa cidade de Cascavel/PR se torna uma constante.
Também no final da tarde, mas principalmente no horário de almoço transitar por algumas ruas da cidade exige uma dose cavalar de paciência.
O número de carros que trafegam nestes momentos cresce absurdamente. Principalmente próximo às unidades de ensino onde pais disputam espaço com vans apressadas em meio a uma enxurrada de crianças que invadem as ruas sem muita preocupação com sua própria segurança.
O caos enfim...
Os primeiros resultados são motoristas estressados, insegurança no trânsito, acidentes.
Muito poderia ser feito para minimizar estes problemas, mas parece que ninguém têm o mínimo interesse em resolver estes problemas.
A começar pela educação, dos pedestres e motoristas. Os primeiros deveriam ser maciçamente sufocados pela informação de que devem sempre fazer uso das faixas de pedestre. Os últimos, a respeitar as leis de trânsito.
Com as vans que fazem o transporte escolar a conversa deveria ser muito diferente.
No afã de atender um grande número de usuários e assim viabilizar seu negócio, estes profissionais estão desrespeitando normas mínimas de segurança e a própria idoneidade de seus clientes.
É comum ver vans que buzinam diante das escolas para atrair a atenção de alunos. Que não têm um atentende para acompanhar a criança com segurança até o veículo. Alguns até obrigam os alunos a atravessar a rua fora da faixa em meio às filas duplas que alimentam o caos nestes momentos.
Fiscalizar e multar sim, mas de nada vai resolver enquanto pais, professores e autoridades não buscarem juntos soluções que possam garantir o bem-estar e a segurança de todos.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2006

Fica um vazio...

O jornalista Tales Alvarenga (1944-2006)deixa um vazio na Revista Veja. Não é pouca coisa. Apenas dois anos depois de começar a escrever sua coluna naquela revista já nos havíamos acostumado com suas observações argutas e ponderadas.
Ancorada entre as páginas de política, economia e matérias internacionais, sua coluna abordava com seriedade e propriedade temas variados como política e religião sempre com ética e responsabilidade.
Ao deixar o palco da vida fica um vazio sob a luz dos holofotes.
Na tentativa de preencher este vazio a editoria da revista rapidamente colocou a coluna de Diogo Mainardi no lugar antes ocupado por Tales.
Melhor seria deixar a página em branco, vazia. Como o vazio que fica no coração dos leitores desamparados.
Ninguém é insubstituível, mas ficamos igualmente cegos quando repentinamente saímos da luz para as trevas, ou o contrário.
Colocar Mainardi naquele espaço tira dele o que ele têm de melhor e não acrescenta nada a ninguém.
Mainardi é um bufão, um escritor que faz da ironia o seu ganha-pão.
Tales era quase filosófico quando tratava de assuntos polêmicos como aborto e eutanásia e saia enaltecido como defensor da vida e da dignidade, de todos.
Em sua "estréia" no novo espaço Mainardi deixou de ser o astuto e contumaz colunista que provoca idênticas manifestações de amor e ódio para ser apenas um burocrata das letras.
Por favor, devolvam a coluna de Diogo Mairnardi para a seção cultural da revista. Lá ele poderá continuar a usar sua ironia para despertar corações e mentes.
Já perdemos Tales não permitam que percamos o Mainardi também...

domingo, 5 de fevereiro de 2006

Elucubrações Lógicas

Nada é melhor que a felicidade eterna.
Um tomate já é melhor do que nada.
Logo, um tomate é melhor que a felicidade eterna.

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Toda regra tem exceção.
Isto é uma regra.
Logo, deveria ter exceção.
Portanto, nem toda regra tem exceção.

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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2006

Ciência Moderna

Se mexer, pertence à Biologia.
Se feder, pertence à Química.
Se não funcionar, pertence à Física.
Se ninguém entende, é Matemática.
Se não faz sentido, é Economia ou Psicologia.
Se não mexe, não fede, não funciona, ninguém entende e não faz sentido, é...
Informática.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006

Filmes Legais no Computador

Depois da Apple começar a vender filmes pela internet chegou a vez da Warner anunciar que vai entrar nesse mercado.
http://idgnow.uol.com.br/AdPortalv5/InternetInterna.aspx?GUID=25D4E58E-12A5-4029-842B-DA9D3F47EBE0&ChannelID=2000012
Não é um anúncio que se deva desprezar. A Warner é a dona de um dos maiores e melhores acervos do cinema. Possui ainda no seu portfólio inúmeras séries de sucesso e ainda todo o universo dos desenhos animados que incluem personagens como Pernalonga e sua turma.
Se eles viabilizarem um sistema de fornecimento de mídia digital pela internet que seja interessante para o consumidor (entenda-se barato) e para o fornecedor (entenda-se lucrativo) teremos então uma guinada violenta no mercado de produção visual.
Note-se que a indústria não é contra a internet. Historicamente ela sempre aderiu às novas tecnologias de distribuição (TV, Vídeo, Cabo, DVD). O que ela nunca deixou de fazer foi lucrar com isso de alguma maneira. Seja pela venda ou locação.
Não podia ser diferente na internet.
O P2P para o usuário doméstico não é muito diferente do que foi o gravador para o amante de música a vinte anos. Uma oportunidade para ver e rever o produto que aprecia. Se para o amante da música de então a fonte era o rádio e menos usualmente o bolachão de algum amigo, hoje são os milhares de computadores conectados à internet.
A grande diferença de hoje é que a qualidade muitas vezes é igual ao original e mesmo não o sendo há muita gente inescrupulosa lucrando com o comércio ilegal.
E contra isso, tanto a indústria quanto um ocasional espectador de "friends" tem que ser contra.

terça-feira, 31 de janeiro de 2006

adEUs, Robô


Pois não é que quando começamos a acreditar que um dos mais belos sonhos da ficção pode estar dando os primeiros passos concretos se tornar realidade um banho de água fria nos faz lembrar que a realidade pode ser bem mais pragmática.
Não é por dificuldades técnicas ou mesmo tecnofobias que a Sony, a empresa que mais ganhou dinheiro com robôs domésticos vai deixar de fabricá-los.
http://info.abril.com.br/aberto/infonews/012006/27012006-5.shl
É grana mesmo. A mesma que alimenta a ganância que já fez desaparecer tantos produtos e idéias fantásticas, mas que não tinham viabilidade econômica. Ou seja, não dão tanto lucro quando a sanha capitalista deseja consumir.
Exemplos? Na TV temos Jornada nas Estrelas - Enterprise, Babylon 5 - Crusade, Babylon 5 - A Lenda dos Rangers.
Nas prateleiras dos supermercados eu sinto falta do chocolate Sem-Parar...

segunda-feira, 30 de janeiro de 2006

Ninguém aguenta mais!

Atualmente quando abro a revista VEJA pulo direto para as páginas centrais e só começo a ler deste ponto.
Estou saturado de ler sobre mensalões, Lulas, Dudas, Valeriodutos e afins.
É muita palhaçada submeter o povo a tanta empulhação que bem sabemos ficarão sem a devida punição.
Política deveria ser uma coisa séria, discutida em alto nível por todos os cidadãos. No entanto, se presta apenas a ser motivo de piadas e deboche.
Rir é bom e faz bem para a saúde física e mental. Talvez por isso nossos políticos se empenham tanto em nos fazer rir.
O problema é que nesse processo estamos rindo das pessoas erradas.
Os palhaços somos nós que permitimos que este show de humor se eternize.
E é sempre bom lembrar que quem está bancando a produção deste espetáculo de humor (ou seria de horror) somos nós ...